

Planejar uma gravidez não é uma tarefa fácil. A chegada de um filho sempre traz inúmeras preocupações às mães de primeira viagem, que necessitam se atentar a uma série de fatores para garantir uma gestação saudável para ela e para o bebê. A boa notícia é que, na atualidade, existem profissionais cada vez mais especializados para acompanhar a gestante durante esse processo, a fim de proporcionar, a ela, uma gravidez mais tranquila e segura. É nesse contexto que a fisioterapia pélvica tem se mostrado uma das principais aliadas das mulheres, aprimorando a experiência de cada uma delas ao se tornarem mães.
Para abordar essa realidade, o Mania de Saúde foi até à FisioClínica, que é referência nessa e em outras áreas da fisioterapia para todo o interior fluminense, abrangendo os mais diferentes ramos de atuação, tais como Fisioterapia Geral (englobando o atendimento de traumato-ortopedia, respiratória, neurologia, distúrbios da ATM, fisioterapia oftalmológica), Oncologia, RPG, Pilates Tradicional, Pilates Funcional, Neopilates, Acupuntura, Reequilíbrio Somato Emocional – SER, Quiropraxia e Uroginecologia, contando com um time de 30 profissionais altamente especializados para oferecer um atendimento de excelência ao público.
Por lá, conversamos com a fisioterapeuta Dra. Fabricia Araujo, que integra a equipe de Uroginecologia da FisioClínica e explica como a fisioterapia pélvica tem mudado, para melhor, a vida das gestantes. “Durante a gestação, o corpo da mulher passará por uma série de mudanças, que afetarão diretamente a sua rotina. Nada melhor, então, do que preparar o corpo para isso, independente do tipo de parto a ser feito, seja ele parto cesariano ou parto normal. Essa preparação vai trabalhar o corpo da gestante como um todo, fazendo com que ela entenda melhor esse processo e consiga ter um domínio maior da situação”, destaca Dra. Fabricia. “Com relação ao parto normal, por exemplo, a gente vai orientar várias posturas, abordar a questão da mobilidade, da respiração, que é muito importante, além da liberdade que ela tem para escolher o que quiser fazer no momento. Daí a importância do treino expulsivo, do relaxamento dessa musculatura, porque, na realidade, a gestante não tem que fazer força. Ela precisa relaxar essa musculatura. A maioria delas, entretanto, desconhece essas questões”, acrescentou.
Segundo Dra. Fabricia, esse trabalho engloba exercícios tanto de mobilidade da pelve, quanto exercícios de treinamento dos músculos do assoalho pélvico. “Após uma avaliação de parte física, a gente sabe se tem que trabalhar mais com relaxamento ou com ‘fortalecimento’, ou seja, com o treinamento dos músculos daquela gestante. E, a cada trimestre, tem os exercícios específicos para o tão esperado momento, trabalhando para poder haver o encaixe do bebê, a descida dele, entre outras questões. Mas, além disso, há o trabalho de alongamento, o treinamento dos músculos, a mobilidade pélvica e a questão de dor também, porque a gestante, em geral, também tem queixa da lombar por conta da mudança do eixo, por conta da gravidade, já que a barriga cresce e aumenta essa curva. Também há a questão de dor na região inguinal por conta de ligamentos, que a gente também trata, além dos exercícios posturais que vamos orientando para auxiliar a gestante”, disse.
O trabalho, contudo, não para por aí. “O pós-parto também é um período de grande importância, sobretudo para reabilitação dessa musculatura, que ficou lá em tensão durante nove meses, digamos assim. O objetivo, então, é reabilitar os músculos do abdômen, que é a questão da diástase. Ela, inclusive, sempre vai existir na gestante por conta do crescimento da barriga, do abdômen, pois os músculos, na realidade, vão se afastar. Essa diástase, então, pode se tornar patológica ou pode ser fisiológica. A gente faz uma avaliação física da paciente, além de poder comprovar por meio de um ultrassom de parede abdominal”, afirma.
Todo esse trabalho, por si só, demonstra o quanto caiu por terra o conceito antigo de que as gestantes, em tese, precisariam ficar sempre paradas em casa, à espera do bebê, conforme lembra a fisioterapeuta. “Na realidade, a gestante deve se movimentar, por conta da questão circulatória, do peso, da postura, da musculatura. Ela precisa ter função. Se não houver nenhum agravante ou contraindicação, ela deve se movimentar. Lembrando que existe também, é claro, uma conduta específica para aquelas que têm gravidez de risco. Mas o importante é fazer o devido acompanhamento para, assim, garantir uma gestação de maior qualidade”.