
Quando se fala em quiropraxia, é natural que algumas pessoas logo pensem na técnica que provoca aqueles “estalos” no corpo, conforme demonstram inúmeros vídeos espalhados pelas redes sociais. Mas a verdade é que ela vai muito além dos movimentos que atraem tantos curiosos pela internet. Isso porque a quiropraxia é voltada para o diagnóstico, tratamento e prevenção de problemas do sistema neuro-músculo-esquelético, ou seja, das articulações, músculos, tendões, ossos, nervos e outras estruturas responsáveis pelo movimento do corpo, bem como os efeitos destas alterações sobre a saúde em geral, de acordo com a definição da Associação Brasileira de Quiropraxia. Isso significa que a especialidade traz inúmeros benefícios à saúde do paciente, aprimorando a qualidade de vida de cada um deles.
Em Campos dos Goytacazes, quem tem feito um trabalho de excelência nessa área é a FisioClínica, que se tornou referência no mercado local ao apostar em um trabalho integrado de fisioterapia, reunindo um time de 30 profissionais altamente especializados na área. Com isso, ela abrange os mais diferentes espectros da fisioterapia, como Fisioterapia Geral (englobando o atendimento de traumato-ortopedia, respiratória, neurologia, distúrbios da ATM, fisioterapia oftalmológica), Uroginecologia, Oncologia, RPG, Pilates Tradicional, Pilates Funcional, Neopilates, Acupuntura, Reequilíbrio Somato Emocional – SER e a Quiropraxia, tema de nossa conversa com o fisioterapeuta Dr. Leandro César Cruz, que coordena uma pós-graduação na área e integra a equipe de quiropraxia da FisioClínica. Ele destaca o trabalho de excelência feito pela empresa na especialidade.
“A quiropraxia é uma técnica bem global, que abrange todas as regiões do corpo, como articulações, músculos, tendões, vísceras, entre outras áreas, incluindo a terapia craniana, que lida com a parte emocional. Trata-se de uma área em que a gente utiliza várias técnicas diferentes, sempre de acordo com o perfil da pessoa. Isso é importante ressaltar porque muitos conhecem a quiropraxia pelas manipulações e se referem aos famosos ‘estalinhos’, mas ela é muito mais do que isso. A quiropraxia é uma área bem mais abrangente do que parece”, lembra Dr. Leandro. “Só para se ter uma ideia, hoje se fala muito da ligação da víscera com a parte hepática, em que a pessoa tem uma alteração no fígado e sente uma dor no ombro. Logo, você tem que manipular o fígado para amenizar aquela dor. Um problema de estômago, por exemplo, às vezes está ligado à ansiedade. Com isso, a gente manipula o estômago para melhorar aquela ansiedade. A ideia é sempre tratar o problema e deixar o corpo agir”, acrescentou.
O próprio nome da especialidade, aliás, dá uma ideia precisa desse trabalho. Afinal, quiropraxia vem do grego “quiro” (de mãos) e “praxia” (prática), significando, portanto, “prática feita com as mãos”. E, por ter uma visão mais global do que local, exige um conhecimento mais apurado das queixas e necessidades do paciente. “A gente sempre busca ver o corpo como um todo, porque, às vezes, o paciente está com uma dor do lado direito, por exemplo, mas pode estar com uma lesão do lado esquerdo. Sendo assim, a gente vai fazer a chamada cadeia lesional, algo que a gente busca muito, porque as lesões ocorrem em cadeias. E, na quiropraxia, por meio de uma avaliação global, a gente consegue fazer com aquele paciente se desenvolva e perca aquela dor”.
Mas não é só a parte física que é beneficiada nesse processo. Outro grande foco de atuação da quiropraxia, segundo o fisioterapeuta, é a terapia craniana, ligada à parte emocional. “Muitas dores estão ligadas às emoções. Por isso trabalhamos nessa área também, lidando com o sistema nervoso autônomo, que é ligado à fisiologia do corpo. Às vezes é um paciente que tem uma mente muita acelerada e precisa acalmá-la ou está um pouco para baixo e precisa desse start para retomar sua rotina. Essa terapia melhora bastante a qualidade de vida do paciente, até porque muitas dores estão ligadas aos traumas de infância, às crenças e a quiropraxia permite que a gente identifique esses problemas e trace a melhor estratégia a seguir, independentemente da idade”.