Livre-se das formigas!

O engenheiro agrônomo Alex Trindade, responsável técnico pela Imune Guerra
Quantas vezes você chegou à cozinha, ou abriu a despensa de sua casa e, de repente, se deparou com aquele exército de formigas? Pois é. Essa situação, de tão corriqueira, acaba sendo vista como algo normal por boa parte do público, mas a verdade é que as formigas são presenças maléficas em diversos ambientes, sejam eles residenciais, comerciais ou hospitalares, pois atuam como dispersores de microrganismos patógenos, que causam infecções. Daí a importância de não menosprezar a infestação de formigas e buscar os meios adequados para combatê-las. É o que nos explica o engenheiro agrônomo Alex Trindade, responsável técnico pela Imune Guerra. “O controle de formigas é baseado em dois pilares. O primeiro diz respeito às boas práticas de higiene do local, como não deixar resíduos, não deixar restos de alimentos, pois isso ajuda a evitar o problema. Tanto que a metodologia utilizada nesse serviço é chamada de controle integrado de pragas. Tal metodologia se baseia nas boas práticas de higiene, de remoção de resíduos, de destinação e acondicionamento corretos do material que serve de alimento para formigas. Esse é o primeiro pilar do controle integrado de pragas. O segundo é a intervenção química, que é baseada em três formulações: pó, líquido e gel. Sendo assim, temos produtos com formulação em pó, outros que são diluídos em água, bem como o uso do gel, que é uma isca atrativa para a formiga”, destaca Alex. “Mas, além desses pilares, a localização de ninhos também é fundamental para o controle de formigas. É preciso localizar corretamente o ninho e, assim, eliminá-lo. Isso também é um método que utilizamos no controle de pragas”. O problema, segundo Alex, é bastante comum porque existe uma grande quantidade de espécies diferentes de formigas, sendo que cada espécie tem um hábito de alimentação e elas conseguem se dispersar naquele determinado ambiente. “As formigas conseguem fazer vários ninhos em uma residência. Às vezes a casa tem quintal com terra e as pessoas acham que as formigas estão vindo dali, mas nem sabem que elas já estão instaladas dentro do imóvel. As formigas urbanas se adaptaram ao ambiente domiciliar e existe uma média de seis espécies diferentes de formiga que atacam as residências. Essas espécies às vezes ocorrem em maior número numa casa do que em outra. Elas conseguem migrar de uma determinada área do imóvel, ou de uma área vizinha dele, para dentro dos ambientes. Essa capacidade da colônia de migrar de áreas externas para o interior do imóvel faz com que o serviço de controle se torne contínuo”, ressalta Alex. Ele diz como o público em geral tem se portado diante do problema. “Muitos têm consciência da importância do controle de pragas porque já conhecem a capacidade das formigas de transmitir várias doenças. Isso porque as formigas têm, nas patinhas dela, várias bactérias patogênicas. Antigamente, as pessoas não davam tanto valor ao controle de formigas, mas hoje isso mudou devido ao conhecimento que essas pessoas passaram a ter, seja no caso de imóveis residenciais, seja em imóveis comerciais, como restaurantes, clínicas e hospitais. A grande capacidade de dispersão de doenças nesses ambientes faz com que as pessoas tenham mais consciência e deem mais importância ao controle de formigas”, destaca o engenheiro, ressaltando outras dicas para ajudar no combate a esse problema, incluindo aí os imóveis comerciais. “A prevenção dentro da residência, mantendo boas práticas de higiene, como mencionei, faz muita diferença. No ramo alimentício é a mesma coisa. É necessário manter tudo limpo, não deixar prataria suja de um dia para o outro, pois muitas formigas têm hábito noturno. A diferença entre um serviço numa residência e num estabelecimento comercial é que, no estabelecimento comercial, é muito mais importante esse controle, porque você tem grandes chances de contaminação alimentar. Então, as boas práticas têm que ser conduzidas com muito mais rigor, com muito mais disciplina, para evitar problemas de contaminação alimentar e, assim, resguardar a todos”.