Chegou a vez do Internato!

O médico e professor Dr. Paulo C. Apratto Júnior, Coordenador da Atenção Básica da UniRedentor
O curso de Medicina, de maneira geral, tem duração média de cinco a seis anos, sendo a carga horária dividida entre estudos teóricos e também práticos. Assim como na maior parte dos cursos de graduação, depois de uma série de atividades em sala de aula, é no estágio que acontecem as atividades direcionadas aos estudos práticos. Esse período, que é obrigatório, no curso de Medicina é chamado de internato, tema de nossa conversa com o médico e professor Dr. Paulo C. Apratto Júnior, Coordenador da Atenção Básica da UniRedentor, que inicia este mês mais uma turma de internato na atenção básica, enfatizando ainda mais a qualidade de ensino proposta pela instituição. Confira. Mania de Saúde – Como está o internato na atenção básica na atualidade? Qual a sua visão sobre ele e quais as novidades para os alunos? Dr. Paulo Apratto – O Internato Médico, estágio curricular obrigatório de formação em serviço, é requisito obrigatório para a colação de grau, realizado em serviços próprios, conveniados ou em regime de parcerias, e sob a supervisão de preceptores ou docentes. O Internato Médico está regulamentado através de um regimento próprio e está organizado em áreas onde os conhecimentos adquiridos ao longo do processo de aprendizagem deverão ser consolidados e o treinamento de habilidades em ambiente real e de simulação deverá ser incrementado, conforme disposto no Programa do curso e no Manual do Internato. Em atenção às determinações das DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais, pelo menos 1.600 horas, o que corresponde a 41,6% da carga horária total do internato, será desenvolvida na Atenção Básica, em atividades voltadas para a área de conhecimento da Medicina Geral de Família e Comunidade (800 horas), em atividades de Saúde Coletiva (160 horas). A carga horária do internato incluirá aspectos fundamentais nas áreas de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica/Cirurgia, Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria, Saúde Coletiva, Saúde Mental e Medicina Geral de Família e Comunidade. As atividades serão eminentemente práticas, executadas sob a supervisão de um docente/preceptor. Os conteúdos fundamentais do internato estão relacionados com todo o processo saúde-doença do cidadão, da família e da comunidade e referenciados na realidade epidemiológica e profissional, proporcionando a integralidade das ações do cuidar em saúde. O internato de atenção básica será realizado em 9 unidades da atenção básica do município de Itaperuna. Mania de Saúde – O curso está prestes a formar seus primeiros médicos. Como você analisa o desempenho do curso (e dos alunos) olhando em retrospecto? Dr. Paulo Apratto – A UniRedentor forma a sua primeira turma de médicos com uma excelente formação. Os alunos tiveram uma boa graduação e vai formar profissionais capazes de melhorar a saúde humana por meio do diagnóstico, prevenção, tratamento e cura de doenças. A duração mínima dos cursos de Medicina é de 6 anos. Após a formação, é possível desenvolver atividade como clínico geral ou fazer especializações a partir da residência médica. A Medicina é a área do conhecimento dedicada à restauração e com a manutenção da saúde. Tem como intuito a cura e a prevenção de doenças humanas e o curso de Medicina capacita o aluno a promover o bem-estar mental, físico, social e psicológico do ser humano. Inclusive, fui chamado para ser o patrono da primeira turma, o que para mim será uma grande honra. Mania de Saúde – Quais os desafios gerados por essa pandemia e como os alunos se portaram diante dela? Dr. Paulo Apratto – A pandemia do novo coronavírus afetou todo o planeta e transformou a rotina de milhões de cidadãos pelo mundo. Algumas instituições, contudo, saíram na frente para suprir o vácuo acadêmico provocado pela interrupção das aulas, promovendo assim o ensino remoto de emergência, como é o caso da UniRedentor. Mesmo antes de se graduarem, os estudantes de Medicina da UniRedentor têm o desafio de lidar profissionalmente com a perspectiva da crise sanitária que o mundo enfrenta atualmente. No dia 20 de março de 2020, por exemplo, o Ministério da Educação publicou a Portaria nº 356, que dispõe sobre a atuação dos alunos dos cursos da área da saúde no combate à Covid-19 (coronavírus). No que tange aos cursos de Medicina, foi permitido que os estudantes, em caráter excepcional, realizassem o estágio curricular obrigatório em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e comunidades especificadas pelo Ministério da Saúde enquanto durar a situação de emergência decorrente da pandemia de Covid-19. Os estudantes de Medicina, portanto, se mantiveram nos cenários de prática, considerando todas as recomendações do Ministério da Saúde. Acompanhados por professores e preceptores, eles desempenham as atividades em diferentes locais de Itaperuna. Todos os espaços, inclusive, têm feito a sua parte para receber os estudantes da melhor forma possível e com segurança. Até porque os anos finais do curso de Medicina são de atividades práticas. Logo, os cuidados são redobrados, já que os alunos transitam por ambientes como os hospitais. Tivemos, assim, que adequar nossa rotina desde o início da pandemia, tanto para nossa proteção individual, dos estudantes e de toda a equipe, visando sempre o bem-estar geral.