Então confira essas dicas!
“O verão é uma época que exige um pouco mais de cuidado quanto aos aparelhos auditivos, porque a gente transpira mais. É necessário, portanto, usar algum tipo de desumidificador…”
Tradicionalmente, o verão é uma época em que a maioria das pessoas aproveita um bom momento de descanso na beira da praia, fazendo do litoral um dos locais mais buscados pelo público durante os finais de semana, não é mesmo? Basta percorrer as orlas para entender porque a brisa do mar e os sons das águas encantam e atraem milhares de turistas a cada ano. Mas, apesar de todo esse clima de lazer, boa parte da população necessita tomar alguns cuidados no dia a dia para que o verão seja um momento de fato agradável e não traga nenhuma eventual dor de cabeça. É o caso de quem usa aparelhos auditivos.
Isso porque o calor excessivo e a própria rotina de praia podem comprometer em muito o uso dessas tecnologias, caso o usuário não tome algumas precauções, como alerta Dra. Eliana Mancini, sócia-proprietária e fonoaudióloga responsável pela Sonoris Campos. “O verão é uma época que exige um pouco mais de cuidado quanto aos aparelhos auditivos, porque a gente transpira mais. É necessário, portanto, usar algum tipo de desumidificador. Até porque o ideal é sempre desumidificar o aparelho. Quem mora em praia, em regiões que têm maresia, por exemplo, eu aconselho a usá-lo durante todo o ano, porque ele é essencial para prolongar a vida útil do aparelho”, afirma a fonoaudióloga.
Ela explica que, atualmente, existem dois tipos de desumidificadores. “O primeiro é o desumidificador elétrico, que, inclusive, está sendo muito bem indicado na atualidade, porque ele mata o vírus causador da Covid-19, através de uma luz ultravioleta própria do equipamento. Tanto que, na Sonoris, costumo colocar todos os aparelhos auditivos utilizados para testes dentro do desumidificador, pois assim faço uma assepsia melhor com eles, tendo a certeza de que não haverá nenhuma disseminação de vírus. O desumidificador elétrico tem um custo um pouco maior, porém dura a vida inteira, como qualquer outro equipamento elétrico bem conservado. Não existe um prazo de validade e é um recurso muito importante para o cliente”, diz Dra. Eliana. “Mas existe, também, a pastilha desumidificadora. Trata-se de uma pastilha de sílica, que deve ser colocada dentro de um recipiente bem vedado, junto com o aparelho. Deve-se incluí-lo naquele recipiente, sem pilha, para fazer a retirada da umidade. Só que, com o tempo, a pastilha necessita ser trocada”, alerta a fonoaudióloga. “Ela tem um custo-benefício menor, mas depende muito do ambiente em que a pessoa vive, bem como o seu próprio estilo de vida. Já houve uma cliente, por exemplo, relatando que a pastilha dela estava durando uma semana. Fazendo as contas, estava ficando muito caro, porque ela ia gastar em 10 meses o valor de um desumidificador elétrico, que iria durar vários anos. Ou seja: depende muito do dia a dia e da preferência do cliente. Porque o importante, mesmo, é desumidificar o aparelho para conservá-lo com maior segurança”.
Outro cuidado importante, segundo Dra. Eliana, diz respeito à higienização. “Um exemplo é a oliva, aquela pontinha que fica dentro do canal auditivo, que precisa ser higienizada sempre. Ainda mais nessa época de calor, onde a proliferação de bactérias costuma ser maior. Às vezes o indivíduo põe a mão suja ali e essa sujeira vai para dentro do canal auditivo, podendo trazer inúmeros problemas. A oliva pode e deve ser lavada com água e sabonete. Em seguida, basta secar com papel limpo, garantindo assim a higienização adequada”, orienta a fonoaudióloga, lembrando que, para quem usa outra forma de adaptação (moldes de silicone ou acrílico), os cuidados são os mesmos.
Dra. Eliana ressalta, também, as precauções que se deve ter à beira-mar. “O ideal é que a pessoa nem leve o aparelho para aquele ambiente, porque ela vai ficar ali, na beira do mar, exposta à maresia e a muitas impurezas. Mas algumas pessoas não conseguem ouvir e querem conversar na beira do mar. O importante, então, é usar o desumidificador e fazer a devida higienização quando voltar para casa. São cuidados que, normalmente, já se deve ter, mas que, agora, devem ser redobrados, por conta do verão”.