Com a proximidade do dia dos pais, lembramos de quem nos deu a vida, é ou foi nosso exemplo, nosso amigo.
Pelos homens a vida se transmite através do espermatozoíde, o gameta masculino. A produção desses gametas ocorre nos testículos, durante toda a vida do homem. Como não é diferente a outros órgãos, os testículos ficam doentes. Eles são alvo de orquite (inflamação do testículo), torção (obstrução do fluxo sanguíneo) e inclusive tumores do testículo.
O câncer de testículo costuma acometer adultos jovens, principalmente entre a segunda e terceira década de vida. De maneira simplificada, são dois tipos de tumores malignos oriundos do testículo: o seminomatoso e o não-seminomatoso. O diagnóstico é feito com base em análise microscópica do testículo. Quando se tem o surgimento de um crescimento anormal do testículo, assimetria (tamanhos diferentes), uma tumoração ou nódulo no testículo, assim está indicado a realização de ultrassom do testículo e a dosagem de marcadores tumorais.
Devido a isso, o homem também deve fazer o seu autoexame, notando se os testículos estão em sua posição habitual, com textura habitual e sem nódulos ou caroços associados, inclusive nas virilhas.
O câncer testicular é de tratamento multidisciplinar. Inicialmente o tratamento cirúrgico ocorre como método diagnóstico. Após o diagnóstico histopatológico (pelo patologista), o oncologista clínico realiza o estadiamento e define o tratamento sistêmico, por quimioterapia. Frequentemente há a necessidade de complementação com cirurgia, pela retirada de linfonodos residuais.
Infelizmente, ocorre em alguns casos após o tratamento, a infertilidade. Por isso, sempre que possível, o aconselhamento familiar deve ser feito com o congelamento de espermatozoídes.
Não é sempre que o tratamento leva à infertilidade, porém, quando ocorre, ainda há a chance de ser pai. Ser pai é uma missão diária, não é o ato de reprodução do seu material genético, inclusive, a paternidade é construída com contato, amor e afeto.
Feliz dia dos pais!!!