Conheça o poder mágico do laser para a sua saúde!

A cirurgiã dentista Dra. Luciana Barbosa, Periodontista, Mestre em Imunologia, com habilitação no uso da Laserterapia
Na odonto-pediatria, o laser de baixa potência é muito eficaz para o desconforto e irritabilidade da fase de erupção dos dentinhos

O laser já se tornou, há algum tempo, um grande aliado da área da saúde. Basta, para isso, notar a demanda de tratamentos dermatológicos e ginecológicos que utilizam desse recurso para trazer diversos resultados aos pacientes, só para citar os casos mais comuns. Mas, na atualidade, ele vem se destacando também na área da odontologia, trazendo grandes soluções para a saúde bucal de inúmeras pessoas.
É o que explica, ao Mania de Saúde, a cirurgiã dentista Dra. Luciana Barbosa, Periodontista e Mestre em Imunologia, com habilitação em Laserterapia. “O laser hoje pode integrar todos os procedimentos e especialidades odontológicas, trazendo inúmeros benefícios e conforto aos pacientes, ao conciliar o atendimento clínico com as melhores evidências científicas, onde quem ganha é sempre o paciente”, diz a especialista. “A luz laser age em diversos tecidos e seus benefícios são obtidos pela absorção da sua energia pelas células. Os lasers apresentam diferentes comprimentos de onda e potência (alta e baixa). Suas principais ações são biomodulação (diminui edema, inflamação), analgesia (alívio da dor) e estimulação tecidual (reparação, síntese de colágeno, crescimento e organização celular – importante para estética, pós-cirúrgico, cicatrização)”, acrescentou.
Com o laser de alta potência, segundo Dra. Luciana Barbosa, é possível realizar cirurgias, proporcionando menor sangramento, maior precisão, maior conforto após a ação cirúrgica e boa cicatrização. “Algumas das cirurgias realizadas com lasers são as periodontais, remoção de manchas gengivais escuras, correção do sorriso gengival, gengivectomias, remoção de lesões tumorais, hiperplasias, fibromas, remoção do freio labial ou lingual (frenectomia). E, como não requer suturas e curativos, proporciona ao paciente maior conforto no pós-operatório. O espectro de ações do laser, como se vê, é muito amplo”, ressalta a dentista. “Na odontopediatria, por exemplo, o laser de baixa potência é muito eficaz para o desconforto e irritabilidade da fase de erupção dos dentinhos. Outra situação que o laser faz sucesso é na gengivoestomatite, doença pé-mão-boca e aftas, situações que trazem dor, prejuízo na alimentação e muito estresse para a família”.
Dra. Luciana Barbosa lembra que as crianças e os adolescentes podem manifestar alguns problemas periodontais, sendo o mais comum a gengivite. O desequilíbrio microbiano, associado à escovação ineficaz, esfoliação e erupção dos dentes, alterações hormonais, alimentação mais processada, aparelho ortodôntico e respiração bucal pode resultar em inflamação severa e hiperplasia gengival. “Nesse caso, a terapia fotodinâmica contribui para o sucesso do tratamento periodontal, atuando como poderoso antimicrobiano, agindo na descontaminação subgengival e regeneração gengival”, endossou.
Já quem tem lesões de herpes labial pode ficar muito satisfeito com o tratamento com laser, além de reduzir o tempo das lesões, evitando a recorrência. “A aplicação do laser pode contribuir também com outros tratamentos, como endodôntico (redução bacteriana), pré e pós cirurgias de implante, cirurgias ósseas como enxertos e exodontias, cirurgias ortognáticas, DTM, associado ao tratamento ortodôntico para alívio da dor após ativação ortodôntica e reparação óssea. Situações de parestesia (dormência após anestesia, por exemplo), neuropatia e alteração de glândulas salivares, provocando xerostomia ou salivação diminuída (diabetes, hipertensão, ansiedade, doenças autoimunes, medicações, radioterapia e quimioterapia), ardência ou queimação bucal também podem ser tratadas com lasers de baixa potência”.
E quem tem retrações gengivais e dor ao tomar aquele sorvetinho? Dra. Luciana Barbosa comenta que a laserterapia é um dos tratamentos possíveis para a hipersensibilidade causada por lesões não cariosas. O método contribui para a redução imediata da intensidade da dor e, posteriormente, produz uma dentina terciária, promovendo selamento dos canalículos. “Vale lembrar, ainda, que o mês de julho é voltado para a conscientização e luta contra o câncer de boca e mucosite, nome usado para lesões associadas à citotoxicidade do tratamento do câncer. São úlceras mais doloridas que aftas, com forte impacto na qualidade de vida, prejudicando funções básicas, como alimentação, hidratação e até engolir a saliva. Essa toxicidade é comum em radioterapia de cabeça e pescoço e malignidades hematológicas, tratamento de câncer de mama metastático e câncer colorretal, a ponto de a MASCC (Associação de Cuidados de Suporte em Câncer), ISSO (Sociedade Internacional de Oncologia Oral) e a ASCO (Sociedade Americana de Oncologia Clínica) recomendarem o uso do laser para prevenção e tratamento da mucosite”, relatou Dra. Luciana, frisando a necessidade de especialização para uso do laser. “É uma tecnologia poderosa e versátil, exigindo que o profissional invista em estudo e treinamento específico. O cirurgião dentista deve ter profundo conhecimento de sua área de atuação para um excelente diagnóstico e manejo clínico para o uso do laser em benefício da saúde e do bem-estar do paciente. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) publicou a Resolução 82/2008, que reconhece e regulamenta o uso de práticas integrativas da laserterapia, para que o cirurgião-dentista possa oferecer aos seus pacientes os benefícios da laserterapia com segurança e efetividade”.